Iris Rezende, ex-governador de Goiás, morre nesta terça em SP
Um dos maiores políticos de Goiás, Iris Rezende Machado, que morreu por volta da meia-noite e meia desta terça-feira (9), em São Paulo (SP), começou a carreira política em 1959, quando foi eleito vereador. Na época, o candidato com maior número de votos e mais jovem da história da capital, aos 25 anos. Ele encerrou a carreira após mais de 60 anos de vida pública.
Iris Rezende, 87 anos, em foto publicada pela filha Ana Paula nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram
O político nasceu em 22 de dezembro de 1933, em Cristianópolis, na região sudeste de Goiás. Formou-se em direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
1959 - eleito vereador de Goiânia
1962 - eleito deputado estadual
1965 - assumiu a Prefeitura de Goiânia, mas foi cassado pela ditadura militar antes que o seu mandato chegasse ao fim.Período dedicado ao direito - Durante o período em que ficou fora da administração, Iris Rezende montou um escritório de advocacia.
1983 - após o fim da ditadura militar, foi eleito governador de 1983 a 1986
1986 - ministro da Agricultura do governo de José Sarney (PMDB), até 1990.
1991 - eleito novamente governador, mandato que exerceu até 1994.
1994 - Iris foi eleito senador da República
1997 - no meio de seu mandato de senador, assumiu o ministério da Justiça durante um ano, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
Internação
O político foi internado no dia 6 de agosto após sentir fortes dores de cabeça e, no mesmo dia, passou por um procedimento cirúrgico para conter uma hemorragia na cabeça. A equipe médica que o acompanha avaliou que a operação foi bem-sucedida.
Após o procedimento, ele foi intubado. No dia 10 de agosto, ele passou a respirar espontaneamente e reconheceu as filhas.
Seis dias depois Iris saiu da UTI e se recuperava em quarto. O boletim médico de 19 de agosto indicava que ele tinha "boa evolução neurológica" até então.
No dia 21 do mesmo mês o político teve uma convulsão e arritmia cardíaca e precisou voltar para UTI e ser intubado. Ele foi extubado na segunda-feira seguinte e retornou para o quarto dois dias depois.
INa manhã de 31 de agosto, o boletim médico informou que ele havia voltado para UTI do Instituto Neurológico. A justificativa foi de que a unidade especial tinha médicos durante 24 horas e aparelhos que ajudariam a monitorar a pressão arterial do político.
No entanto, no final da tarde, ele foi transferido para São Paulo. Desde então, estava na capital paulista, onde morreu.