Mensagens encaminhadas mais de cinco vezes passam a ganhar uma etiqueta de setas duplas que servem para indicar que o conteúdo recebido não foi originalmente criado por quem enviou.
Essas mensagens serão acompanhadas de uma função de pesquisa, um botão de lupa que será exibido na lateral. O usuário também pode apenas clicar na conversa e terá a opção de pesquisar na internet.
Segundo a empresa, a função permite que os usuários carreguem a mensagem diretamente pelo navegador do celular ou do computador. O aplicativo cria uma espécie de ponte com o Google, que identifica as palavras-chave e faz a busca.
O WhatsApp diz que não acessa o conteúdo para isso porque usa criptografia de ponta a ponta. A ideia é que as pessoas possam acessar outras fontes de informação no Google, que costuma priorizar nas primeiras páginas canais que verificam notícias duvidosas.
Além do Brasil, o recurso de pesquisa na internet também está disponível na Espanha, Irlanda, Itália, no México, Reino Unido e nos Estados Unidos. Ele está na versão mais recente do aplicativo para Android e iOS, e também pode ser utilizado no modo web.
Em abril, o WhatsApp passou a limitar o encaminhamento de mensagens no aplicativo, reduzindo o compartilhamento de um conteúdo retransmitido diversas vezes a uma pessoa (antes, era permitido a até cinco destinatários).
O repasse era ilimitado até ser reduzido para 20, após um linchamento na Índia defendido por usuários da plataforma. No início de 2019, o número caiu para cinco depois de episódios de disparos em massa durante as eleições brasileiras em 2018.
A empresa está no centro do debate de um projeto de lei que ficou conhecido como “PL das fake news”, cujo texto foi aprovado no Senado e que será analisado na Câmara dos Deputados. A proposta, que visa coibir desinformação, prevê novas responsabilidades a aplicações de mensagens.