Dermatites atacam mais crianças e idosos no inverno

O ar seco e frio é a combinação perfeita para o agravamento de doenças, não só respiratórias, como também dermatológicas. É neste período que alguns hábitos nada favoráveis à saúde da pele são mais comuns, aumentando as incidências de dermatites, principalmente em crianças e idosos.

A dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco, explica que na estação mais fria do ano é comum crianças com dermatite atópica (erupções caracterizadas por espessamento da pele e vermelhidão) apresentarem um agravamento dos sintomas.

“As crianças ficam com muita coceira e irritações, sobretudo nas áreas de dobras, como pescoço, cotovelos, atrás dos joelhos e pálpebras. Algumas acabam se ferindo e tendo infecção secundária no local”, explica a especialista. Neste grupo mais vulnerável estão também os idosos por conta da redução do manto lipídico (camada de gordura que protege a pele).

De acordo com a médica, algumas mudanças de hábito podem auxiliar na prevenção desses transtornos. “É preciso evitar banhos muito quentes e demorados, assim como o uso de buchas e esponjas. O excesso de sabonete é prejudicial, sendo indicado somente os sem corantes e em algumas partes do corpo, como face, axila, genitais e pés”, reforça.

A inserção de novas práticas também é fundamental. A dermatologista recomenda o uso de hidratantes após o banho, dando preferência aos sem perfumes, e o uso de roupas de algodão embaixo de peças de lã.