04/10/2024 às 15h00min - Atualizada em 05/10/2024 às 00h01min

Infecção urinária: como uma simples ida ao banheiro pode salvar sua vida

Especialista explica como pequenas mudanças de hábito podem prevenir complicações graves no trato urinário

MARCELE TONELLI/LETTERA COMUNICAçãO ESTRATéGICA
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Você sabia que uma simples ida ao banheiro na hora certa pode prevenir infecções urinárias e até complicações mais graves? Isso mesmo. Tratados por muita gente como um desconforto temporário, estes processos infecciosos podem evoluir rapidamente para problemas sérios, como infecções renais ou até mesmo sepse (respostas inflamatórias que atinge os órgãos), se não receberem o tratamento adequado. A Sociedade Brasileira de Urologia estima que cerca de 2 milhões de brasileiros enfrentam essa condição anualmente, tornando-a a segunda infecção bacteriana mais comum no país.

Urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein, dr. José Roberto Colombo Júnior alerta que fatores como segurar o xixi por muito tempo, constipação intestinal e ter relações sexuais sem cuidados e higiene adequados podem predispor o organismo à infecção.

E a maior vítima da doença são as mulheres, especialmente em razão da anatomia feminina, que facilita a entrada de bactérias. Com a uretra curta e abertura próxima ao ânus, uma possível contaminação pode ocorrer com maior facilidade.

Por isso, sempre após uma relação sexual, por exemplo, o indicado pelo especialista é sempre urinar, porque embora a urina em si seja estéril, o jato de xixi, ao passar sob pressão pela uretra, empurra para fora as bactérias ajudando a prevenir a infecção.

 “A prevenção é mais simples do que parece: urinar após relações sexuais, manter a higiene pessoal adequada e tratar condições associadas, como cálculos renais ou problemas prostáticos, são atitudes essenciais para evitar complicações”, explica o médico.

Outros fatores que podem facilitar a infecção urinária são o diabetes descontrolado e as alterações anatômicas no trato urinário, reforça Colombo Júnior.

Crédito: Colombo Urologia


 

Nos homens, a incidência da doença é mais comum na infância e após os 60 anos.

“Na infância, devido à presença de fimose e alterações funcionais tais como refluxo vesicoureteral. Na fase mais tardia da vida, devido a hiperplasia prostática e distúrbios miccionais. A prevenção na infância acontece com a higiene adequada e resolução dos problemas funcionais, já nos adultos, o tratamento adequado da próstata aumentada (HPB), para evitar os resíduos miccionais elevados”, aponta.

Sintomas e complicações

Apesar de parecer inofensiva no início, com sintomas como ardência ao urinar (disúria) e aumento da frequência urinária (polaciúria), a infecção urinária, se negligenciada, pode evoluir para formas graves.

“Uma ITU não complicada, como a cistite, geralmente não representa risco de vida se tratada corretamente. No entanto, se a infecção se espalhar para os rins (pielonefrite) ou para a corrente sanguínea (sepse), pode causar complicações sérias e potencialmente fatais”, observa o urologista.

Colombo Júnior pontua que a infecção é considerada grave “quando é acompanhada por um quadro febril, apresenta alterações obstrutivas da via urinária, como cálculo urinário, estenose da junção ureteropiélica, e quando o paciente apresenta queda no seu estado geral, como cansaço, indisposição, náuseas e vômitos”.

Outro sintoma comum é a presença de sangue na urina (hematúria).

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais de urina e sangue e exames de imagem. E o tratamento engloba a utilização de antibióticos para os fatores causais, quando estiverem presentes.

Colombo Júnior alerta ainda para a infecção urinária de repetição ou recorrente, que é prevalente em mulheres.

“Neste caso, a paciente deve apresentar mais de duas infecções sem febre no semestre ou três ocorrências por ano, mas sempre após uma infecção urinária febril”, explica Colombo Júnior. 

Com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida, contudo, o médico afirma que é plenamente possível reduzir significativamente a frequência da infecção e melhorar a qualidade de vida. Por isso, a importância em apostar em métodos preventivos e procurar a ajuda de urologista sempre que haja suspeita da doença.

Sobre o Dr. José Roberto Colombo Júnior
Médico urologista e especialista em cirurgia robótica urológica do Hospital Israelita Albert Einstein. Coordenador Executivo da Pós-Graduação em Cirurgia Robótica do Hospital Israelita Albert Einstein. Formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Possui doutorado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) São Paulo. Aprimoramento (Fellowship) em cirurgia minimamente invasiva na Cleveland Clinic, Cleveland, EUA. Atendimento: * 11 97090-5300 WhatsApp * ⁠11 2151- 4116 


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MARCELE TONELLI DE OLIVEIRA
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