27/02/2017 às 16h15min - Atualizada em 27/02/2017 às 16h15min

Carnaval do passado às crianças em Brasília

Agência Brasil

      Com a proposta de um carnaval multicultural dirigido ao público infantil, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) mostra este ano às crianças, em atividades e bailes, como era a folia do passado. “É uma festa para toda a família, com um clima meio retrô dos antigos carnavais. A ideia é apresentar para as crianças de hoje o carnaval de ontem”, explica o coordenador da festa Sérgio Bacellar, do Instituto Bem Cultural, parceiro do CCBB no evento.

      Nos dois dias de folia no CCBB, a expectativa é de um público de quase 10 mil pessoas. Ontem (26), foram vendidos 4,6 mil ingressos. A inteira está a R$ 10 e a meia, para crianças e clientes do Banco do Brasil, a R$ 5. A previsão é de que hoje (27) cerca de 5 mil pessoas compareçam ao local. Segundo os organizadores, a opção pela cobrança de ingresso foi apenas para cobrir os gastos do evento e evitar a superlotação do espaço.

       Entre as atividades previstas estão brincadeiras e apresentações circenses, malabares, bailes infantis para crianças entre 0 e 4 anos, oficinas de maquiagem, de customização de adereços e cursos rápidos de instrumentos musicais. No fim da tarde, haverá concurso de fantasia infantil e, a partir das 19h, o evento será encerrado com um show do músico paulista Maurício Pereira, que cantará diversas marchinhas

Carnaval e muletas

      Mesmo com problemas de locomoção, por estar de muletas devido a problemas em um dos joelhos, o bancário Edios Silva, 39 anos, fez questão de levar a filha Maria Luíza, de 7 anos, ao CCBB. “As muletas são o menor problema. A questão maior é não poder beber essas cervejas artesanais por conta do anti-inflamatório que estou tomando”.

      A mulher de Edios, a advogada Cynthia Ramos, 42 anos, disse que o marido nunca foi muito de pular carnaval, mas que a partir de bailes infantis como o do CCBB começou a tomar gosto pela festa. “Esses bailes infantis são bem legais e, ao que parece, têm despertado o lado carnavalesco de meu marido”, disse ela. “Não gosto de axé e nem de enlatados. Prefiro esses formatos cheios de marchinhas. Tenho gostado também dos blocos de rua”, acrescentou o marido.

Multiculturalismo

       Fantasiada de “marroquina muçulmana”, a professora Jacqueline Fiuza, 40 anos, reforçava, com sua roupa, o tom multicultural da festa. Os desejos de um mundo melhor ficaram evidentes também na fantasia ambientalista da filha Ayumi, de 7 anos. “Além de valorizarmos a tolerância entre as pessoas, a gente curte muito o cerrado, em especial as oncinhas espertas que nem a Ayumi”, disse Jacqueline. “Eu gosto das oncinhas e quero que elas sejam sempre protegidas”, acrescentou a filha, ainda empolgada com o aprendizado que teve nas oficinas de perna-de-pau e de confecção de bolas de malabares.

     Quem também estava empolgado era o professor da oficina de equilíbrio de pratos, que é também integrante do Circo Grock, Lion Natan, 28 anos. “Em pouco tempo, descobri, entre as crianças, alguns talentos para o malabares. Quando isso ocorre, pedimos aos pais que deem sequência às nossas aulas. Inclusive, indicamos onde encontrar o material para dar continuidade à prática”, afirmou.

     Com todos os integrantes da família fantasiados de Batman, a servidora pública Andréa Nunes disse que adora o carnaval mas que, em função da chuva em Brasília, provavelmente só curtirá bailes infantis. “Pelo visto, 2017 será, para a gente, o ano do carnaval infantil. É bom porque é mais tranquilo”.

 

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