Crise goiana pode gerar dificuldades no pagamento dos servidores no próximo dia 10
Nos bastidores, a informação é de que, com exceção do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Celmar Rech, o apoio foi unânime.
Como solução, Rech propôs o pagamento sem o salário dos servidores que recebem acima de R$ 18 mil — segundo a proposta dele, os que recebem mais que isso teriam pagos apenas R$ 18 mil. O que teria sido rejeitado pelos demais. Os apoiadores, inclusive, teriam assinado um documento, que explicita a crise goiana, e entregado ao governador. Essas parcelas, que podem deixar de ser pagas, representam R$ 256 milhões aos cofres do Estado.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Lissauer Vieira (PSB), confirmou ao Jornal Opção o encontro que reuniu, também, o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Legislativo, TCE, Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, Procuradoria-Geral do Estado e algumas secretárias.
Segundo ele, tanto o Governo quanto os órgãos defenderam a folha. “A folha de pagamento é a prioridade número um de qualquer gestor e a maioria foi favorável”, disse.
Ele também confirmou que a Alego foi um dos órgãos que assinou em favor da proposta. “Os poderes assinaram, mas não posso garantir quem”. Questionado se a folha de pagamento de maio está garantida, Lissauer diz que, com essa atitude e segundo governo, sim.
Em nota, a comunicação do governo informou que, na manhã desta terça-feira, 7, o governador Ronaldo Caiado reuniu os chefes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Contas do Estado e da Defensoria Pública Estadual para, juntamente com a Secretária de Economia, Cristiane Schimdt, apresentar informações detalhadas da situação fiscal de Goiás. “O propósito foi envolver a todos na construção de uma solução responsável para o cenário de calamidade financeira em que Goiás se encontra. Não foi tomada nenhuma decisão, apenas iniciado um diálogo entre os Entes que são custeados pelo Tesouro”.