24/07/2020 às 12h15min - Atualizada em 24/07/2020 às 12h10min

Conheçam a história da fotografia

Miriã Santana

Miriã Santana

Fotógrafa e graduanda em fotografia. @miriasantanafotografia

Imagem e Imagem Técnica: Aspectos Estéticos e Históricos
https://www.incinerrante.com/textos/autorretrato-afogado-1840-de-hippolyte-bayard
Vários pesquisadores, artistas, inventores e entusiastas da ciência pesquisavam, em diferentes partes do mundo, modos de se fixar a imagem obtida pela ação da luz.
 
O Daguerreótipo
 
No final dos anos de 1820, Niépce conhece o pintor, cenógrafo e inventor Louis Jacque Daguerre (1787-1851) e, ao descobrirem que pesquisavam a fixação da imagem pela luz, resolvem unir forças para chegar a melhores resultados. Em 1829, assinam um contrato de cooperação de pesquisa. Com a morte de Niépce, no ano de 1833, Daguerre herda os estudos e desenvolvimentos do colega inventor e, posteriormente, em 1835, solicita ao governo francês a patente da daguerreotipia, técnica de fixação da imagem que em poucos anos receberia o nome como conhecemos hoje; fotografia. É importante notarmos que, apesar de ter herdado parte dos estudos de Niépce, Daguerre foi importante no desenvolvimento da fotografia principalmente porque pesquisava melhores formas de fixar a imagem na chapa e de reduzir o tempo de exposição da placa de metal à ação da luz – em meados dos anos 1830, consegue reduzir drasticamente o tempo de cerca de 60 minutos para 30.
No ano de 1839, o governo francês decide “presentear” o mundo com a invenção de Louis Daguerre e, no dia 19 de agosto daquele ano, anuncia em um evento pomposo na Academia de Ciências da França a técnica da daguerreotipia e seus benefícios de reprodução do real. É importante mencionarmos tal evento, pois, justamente no dia 19 de agosto comemora-se o Dia Internacional da Fotografia, e também por um fato curioso que marcou a cerimônia em Paris.
Irritado com a celebração em torno de Louis Daguerre, Hippolyte Bayard (1801-1887), que havia inventado um processo positivo de gravação da imagem em papel – portanto mais sofisticado que a sensibilização de placas de cobre de Daguerre –, pede para que um amigo distribua durante o evento de anúncio público da daguerreotipia para o mundo uma foto sua “morto na banheira” e com uma mensagem apelativa ao público dizendo que o suicídio se deu pois ele não foi reconhecido como pioneiro da fotografia. O famoso “autorretrato de Bayard na banheira” causou comoção entre os presentes que se sentiram culpados pelo suicídio de um pioneiro não reconhecido da fotografia. Apesar do contorno trágico, a história é interessante pois tudo não passou de encenação de Hippolyte Bayard, que, aproveitando-se da ideia da fotografia como registro do real, simulou sua morte e fez com que muitos comprassem a história, já que uma fotografia “não mente” – como acreditavam os homens da ciência do século XIX.
   
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