19/01/2024 às 19h59min - Atualizada em 21/01/2024 às 00h00min

DOC chega ao fim sem despedida

(*) Marcos José Valle

NQM Comunicação
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Rodrigo Leal/Uninter

O Pix veio para ficar e, além disso, irá substituir algumas ferramentas amplamente utilizadas e práticas obsoletas. Desde 15 de janeiro, não é mais possível utilizar o DOC (Documento de Ordem de Crédito - ★ 1995, †2023), uma ferramenta reconhecida no mercado tanto entre pessoas jurídicas quanto físicas. Seu fim se dá em função da ampla adoção do Pix, a inovadora ferramenta disponibilizada pelo Banco Central, que no ano passado movimentou cerca de R$ 16 trilhões, 50% a mais do que no ano anterior. 

A motivação para essa substituição vai além da simplicidade, facilidade e praticidade oferecidas pelo Pix, sem mencionar que esse novo meio de pagamento não acarreta custos. A mudança está diretamente relacionada aos avanços tecnológicos no setor financeiro, com a criação de recursos mais digitais, eficientes e seguros, sintetizados nas inovações do conceito de Open Finance - finanças abertas, em tradução livre. 

Para compreender melhor esse novo cenário, é interessante relembrar o que existia até recentemente, numa abordagem didática que poderíamos chamar de "Close Finance". As finanças fechadas eram resultado das transações financeiras restritas aos produtos e serviços oferecidos por um punhado de bancos comerciais no mercado. Além dessa limitação, havia pouca transparência no funcionamento das operações, gerando incertezas sobre a cobrança de taxas e a aplicação desses valores, mesmo sem prejuízos para os clientes de maneira geral. 

Com o avanço da tecnologia e a introdução do Open Finance, novos agentes ingressaram no mercado. Não são apenas os bancos comerciais tradicionais que têm exclusividade nas operações de mercado. Fintechs, empresas que oferecem soluções financeiras inovadoras, disponibilizam APIs (Interfaces de Programação de Aplicações) para os usuários integrarem diversos recursos e consolidarem contas de diferentes bancos em uma única base para monitoramento, por exemplo. 

O cenário atual é mais diversificado, com recursos aprimorados pela tecnologia disponível, proporcionando maior transparência nas operações realizadas - as principais inovações fornecidas aos clientes que obrigam os bancos tradicionais a se adaptarem às novas demandas do mercado. Assim, o Pix se destaca como o exemplo mais evidente de como as operações devem ocorrer, sendo simples, diretas e eliminando burocracias e taxas desnecessárias.

 (*) Marcos José Valle é economista, Mestre em Educação e Doutor em Sociologia.  Professor do curso de Ciências Econômicas da Uninter

 


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