Fábio Luiz Capeletti (*)
O ato de nadar envolve muita complexidade de movimentos, tanto corporais, quanto respiratórios e cognitivos. Analisando este cenário, podemos pensar que o ato de nadar é algo difícil e que não será alcançado com sucesso. Contudo, observando por outro ângulo, nós vivemos durante a gestação por aproximadamente nove meses submerso em meio ao líquido uterino; ou seja, somos autênticos seres aquáticos que não dependemos da camada atmosférica ou, mais exatamente, de oxigênio entrando pelos pulmões para sobrevivermos.
No entanto, após a finalização do ciclo gestacional, tornamo-nos seres predominantemente terrestres, pois ocorre o rompimento do cordão umbilical, que nos une ao meio uterino. Assim, podemos perguntar da seguinte maneira: se o ser humano tem seu desenvolvimento gestacional submerso em meio líquido, onde o corpo se ajustou e se adaptou, o que justifica o fato de haver tantas pessoas com medo de nadar?
Pois bem, o medo de nadar é algo adquirido por meio de traumas vivenciados em contato com a água, como acidentes ou irresponsabilidades. Ele também pode ser adquirido por influências verbais; ou seja, pessoas que te envolve com histórias ou comentários negativos sobre a água ou o ato de nadar.
Aqui, apresento cinco dicas que ajudarão a superar o medo de nadar.
Mente - Primeiramente, transforme sua mente. A mente é algo poderosíssimo, que vai muito além do que o mais avançado computador já existente. Construímos nossa base de aprendizado e desenvolvimento intelectual em cima do que pensamos, sentimos e ouvimos. Para que sua mente lhe proporcione confiança, coragem, estímulo e prazer na busca de seu objetivo, faz-se necessário que seus pensamentos sejam ajustados para agir positivamente e, assim, superar os medos.
Determine seu objetivo – Quando você tem um objetivo, o caminho que antes era escuro e sem esperança, começa a se tornar mais nítido e você mais otimista, seus esforços serão concentrados e direcionados para o sucesso.
Transformação – Desenvolva a habilidade de não ficar se identificando com os acontecimentos negativos que lhe ocorreram. Pense que eles serviram apenas para lhe fornecer orientações e segurança sobre quais cuidados deverão ser tomados no futuro; transforme seus medos em atos de coragem.
Comprometimento – Muitas pessoas estipulam e planejam seu objetivo a ser alcançado, porém, quando entra em pauta a ação do comprometimento, tudo se resume a planos e vontades. Desta forma, leve a sério e se comprometa com o seu objetivo, mesmo diante de qualquer dificuldade.
Local – Procure uma ótima escola de natação ou aula personalizada, onde, o professor terá que respeitar seus limites e seu tempo de aprendizado, além de dominar uma metodologia de ensino que progrida com exercícios ou objetivos do mais simples para o mais complexo.
Com estas dicas, certamente você desenvolverá capacidades para lhe auxiliar na conquista em superar o medo de nadar, lhe permitindo contemplar um outro mundo, o maravilhoso mundo aquático.
(*) Fábio Luiz Capeletti é bacharel e licenciado em Educação Física, especialista em Natação e Atividades aquáticas e professor da área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.