26/05/2018 às 18h15min - Atualizada em 26/05/2018 às 18h15min

Aumento nos serviços de desligamentos da Enel Goiás foi de 13% e da Saneago de 13,4%

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Para muitas famílias goianas, pagar até contas de serviços básicos como energia e água tem se tornado mais difícil, por efeito da crise, como justificam alguns especialistas. Se a renda caiu ou o desemprego desafia o orçamento, há atrasos e, por conta da inadimplência, cortes, que segundo a Enel Goiás aumentaram 13% no Estado. A Saneago tem porcentual semelhante de ampliação, com 13,4% de janeiro a abril, em relação ao mesmo período do ano passado.
 
Na casa da autônoma Renata Moura, de 31 anos, a renda não é fixa e é quase uma rotina o pagamento das contas de água e luz atrasadas. “Tudo aumentou e sempre temos de dar uma apertadinha aqui e ali para cobrir. Acho que pagamos muito imposto”, diz sobre o malabarismo que é preciso fazer, já que trabalha com costura em casa e o esposo também é autônomo. “A crise impactou e tentamos economizar, lavar menos roupa e ter banho mais rápido.”
Mas há famílias que não conseguem apertar a costura do orçamento como na casa dos Moura e pagar as cobranças atrasadas. Assim, o corte nos serviços ocorre após 48 dias da fatura vencida de água e de 15 a 90 dias no caso da energia.
 
Em abril, a Saneago realizou 83.572 interrupções, ante 75.114 realizadas no mesmo período do ano passado. A Enel não divulga os números absolutos, mas confirmou a alta nos cortes, informando que o índice de arrecadação teve leve queda, de 0,39% entre 2016 e 2017.
De acordo com a Saneago, o índice de inadimplência passou de 6,36% para 6,57%, de 2016 para o ano passado. Esse dado foi solicitado também à Enel, mas não repassado.
 
Para a gerente de Negócios da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL), Dina Marta Correia Batista, as duas contas exercem grande pressão no índice de inadimplência medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que cresceu em Goiás. “Quando tiro as contas de água, energia e telefonia, a inadimplência de quase 4% passa para 1,6%”, diz sobre o aumento.
O número de inadimplentes no Estado cresceu 3,8% em abril ao se comprar com o mesmo mês de 2017, um período em que normalmente ocorre aumento, segundo ela, por conta ainda dos reflexos das compras de Natal e de contas do começo de ano, como materiais escolares.

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