A arquiteta Brenda Barattini, de 26 anos, foi presa neste domingo (26/11) acusada de mutilar o órgão genital de um homem de 40 anos, de Córdoba, região central da Argentina.
Brenda confessou que amputou Sergio F, como jornais argentinos identificaram a vítima, após sofrer abuso sexual — o que os advogados do homem negam. Brenda atacou Sergio enquanto ele estava dormindo na noite de sábado (25/11), por volta das 23 horas.
Brenda usou uma tesoura de jardinagem na mutilação. Assim que ela o feriu, saiu correndo do apartamento. Sergio despertou e gritou por ajuda. Foi socorrido por paramédicos chamados por vizinhos e internado na emergência de um hospital próximo.
O estado de Sergio é considerado estável. Médicos do Hospital de Emergência de Córdoba, para onde foi levado, conseguiram conter a hemorragia provocada pelos ferimentos.
Segundo o jornal Clarín, a arquiteta entrou no apartamento dele no sábado à noite. Vizinhos ouviram barulho no apartamento e foram até lá. Acharam Sérgio “amarrado e ensaguentado”.
Brenda foi chamada pela imprensa argentina de Lorena Bobbit de Córdoba — por lembrar o caso da americana que, em 1993, cortou o pênis do marido enquanto ele estava dormindo. Ela não é casada com Sergio, como a americana estava na época com John Wayne Bobbitt .
Eduardo Perez, advogado de Sergio, disse ao britânico Mirror que seu cliente sobreviveu mas que “seu órgão sexual não tem mais utilidade”. Perez completou: “Ele foi mutilado severamente”.
Sergio é amigo do irmão de Brenda. Foi por causa dele que conheceu a arquiteta. O advogado dela, Carlos Nayi, disse ao Clarín: “A informação que tenho é que minha cliente foi atacada por Sergio. Também abusou dela. Sergio permitiu a entrada no apartamento de Brenda. Ela se defendeu do ataque sofrido no apartamento”.
Após confessar a agressão, Brenda foi detida e está numa cela no Complexo Penitenciário Bower.
Brenda será submetida esta semana a testes psiquiátricos e psicológicos. Investigadores querem saber se ela tem algum distúrbio e se “estava consciente de seus atos” quando o atacou. Exames também foram feitos para constatar se ela foi ou não atacada sexualmente antes de mutilar Sergio.
Quando a polícia chegou ao apartamento de Sergio, encontrou o colchão ensanguentando e a tesoura usada por ela. Segundo investigadores, Brenda e Sergio mantiveram um relacionamento secreto durante meses e foram até o apartamento para terem relações sexuais — os dois seriam comprometidos.
A polícia tem dúvidas se o crime foi premeditado, já que Sergio disse aos médicos não ter tesoura de jardinagem no apartamento.
Carlos Nayi, o advogado de Brenda, desmente a hipótese de crime premeditado e insiste na tese de “vingança justificada”: “Brenda esperou o homem dormir para atacá-lo. Estava com raiva dele e o agrediu. Tribunais vão dizer se ela foi excessiva ou não”.