Dois servidores estaduais, um vigilante penitenciário temporário (VPT) e uma servidora comissionada da Secretaria Estadual de Administração (Sead), foram presos em flagrante, na última quinta-feira (19), suspeitos de se beneficiarem de um esquema de adulteração de contracheque para obtenção de empréstimos consignados. No entanto, conforme a Polícia Civil, outros cinco servidores, a maioria pertencente à Administração Penitenciária de Goiás, estão envolvidos e já foram identificados.
Todos eles, incluindo os intermediadores, já foram identificados e serão chamados para prestar esclarecimentos.
A prisão dos dois servidores foi realizada ontem, em flagrante, num estabelecimento do correspondente bancário acionado para conseguir os empréstimos consignados. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Olemar Santiago, a ação ocorreu no momento em que os servidores tentavam aplicar o golpe.
Ao Mais Goiás, Santiago conta que as investigações prosseguem e já constataram que outros servidores estaduais, com grande parte deles ligada à área de Administração Penitenciária, está envolvida.
De acordo com o delegado, pessoas identificadas como intermediárias captavam servidores públicos não concursados e interessados em obter empréstimos consignados. O servidor e o intermediário, então, fechavam um acordo: o funcionário, normalmente temporário ou comissionado, cedia seu contracheque que era adulterado pelo intermediador para que, assim, o documento se tornasse apto a passar pelo crivo bancário para um empréstimo.
“Pelo regramento do banco, que no caso é um correspondente bancário da Caixa Econômica Federal, e pelas normativas do Banco Central, aqueles que têm vinculo temporário com a administração pública ou cargo em comissão temporário não têm autorização para empréstimos consignados”, conta o delegado.