Para sobreviver durante o período de isolamento social, os empresários do setor de alimentação precisam se reinventar e oferecer novos serviços, como a entrega de comida. No entanto, para isso é fundamental respeitar as boas práticas e adotar medidas adequadas de segurança alimentar para delivery.
"Na verdade, as boas práticas são necessárias sempre, independentemente da pandemia. Porém, hoje os hábitos de higiene e segurança alimentar precisam ser reforçados, para conter a disseminação da Covid", ressaltou Ruliana Bittencourt, nutricionista e fundadora da Rubi Nutri Solutions.
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Além da proteção contra o coronavírus, ao reforçar as boas práticas o dono do negócio também conquista a confiança do consumidor, que passa a enxergar a empresa como responsável. Com isso, a perspectiva de voltar a comprar e se tornar um cliente fiel aumenta. O curso Você Chef: Da Cozinha ao Lucro, que prepara pessoas para empreenderem na área de culinária, tem um módulo só sobre boas práticas de higiene na cozinha.
"Algumas pesquisas demonstram que 74% dos consumidores se sentem mais seguros quando conhecem as boas práticas adotadas pelo estabelecimento", disse Ruliana. Ou seja, não há dúvidas de que esse é um importante diferencial competitivo.
Para manter essa segurança, comunicando as medidas de maneira adequada ao consumidor, a especialista sugere algumas medidas. Acompanhe!
Além de manter todos os cuidados na higienização e manipulação de alimentos, é fundamental que os clientes saibam disso. "Quando vamos ao restaurante, podemos ver a cozinha do estabelecimento e a maneira como os alimentos são manipulados. Com o delivery isso não ocorre. Assim, é importante que os comerciantes mostrem aos seus consumidores suas boas práticas", orientou Ruliana.
Uma maneira de fazer isso é por meio das redes sociais. "Divulgue um treinamento, uma capacitação dos colaboradores. Faça vídeos mostrando o preparo de alimentos, a forma como estão sendo envasados e os cuidados no transporte", exemplificou.
Todos os protocolos de higiene e limpeza devem ser seguidos pelo entregador. "Se esse profissional for um colaborador contratado, é importante orientá-lo sobre os procedimentos de segurança. Além disso, se for integrante do grupo de risco, é melhor permitir que faça a quarentena em casa", ressaltou a especialista.
No caso de uso de plataformas de entrega, sempre é bom checar suas práticas. Afinal, para o cliente, quem está chegando na casa dele, com o alimento, é o restaurante, não a plataforma terceirizada que faz esse serviço.
De acordo com Ruliana, os entregadores devem:
Para garantir a segurança tanto dos clientes quanto dos entregadores, a sugestão é optar por meios eletrônicos de pagamento, como cartões ou soluções online, como aplicativos.
No caso de uso de cartão, Ruliana ressalta a importância de higienizar a maquininha a cada uso. "O ideal é que o entregador mantenha distância até mesmo nesse momento. Assim, ele não deve, por exemplo, manusear o cartão do cliente", disse.
Quando o cliente prefere pagar em dinheiro, o correto é enviar um saquinho com o troco e outro, no qual o próprio consumidor irá inserir o pagamento, evitando que o entregador tenha contato.
O estabelecimento comercial é responsável pelo alimento até a casa do cliente. Depois, o consumidor assume essa responsabilidade. "Por isso, a embalagem tem que comunicar de forma clara que o alimento deve ter consumo imediato ou então, qual a sua validade", explicou a nutricionista.
Além disso, segundo ela, outros cuidados são essenciais:
De acordo com Ruliana, as mesmas dicas de segurança alimentar para delivery (distanciamento, uso de meios de pagamento que evitem cédulas, embalagens seguras) devem ser seguidas por restaurantes nos quais o próprio consumidor retira o alimento.
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