A ação foi empreendida pelas equipes: Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR/PI), GECCOR – Grupo Especial de Combate à Corrupção/GO, e Delegacia de Estadual de Homicídios / GO, estas com o apoio e coordenação da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, através da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
Os trabalhos da polícia judiciária do Estado de Goiás voltaram-se ao tema a partir das investigações empreendidas no bojo da “Operação Metástase”, por meio da qual terminou-se chegando a vítimas de medicações falsificadas cujos apontamentos indicam o fornecimento por parte de um prestador de serviços do Instituto de Previdência do Servidor Público do Estado de Goiás – IPASGO.
Neste contexto, descobriu-se, ainda, que outras investigações acerca de fatos de mesma natureza estariam em curso em outras unidades da federação, apontando como ponto comum os investigados na presente operação, estando, dentre eles, o Estado do Piaui, com um trabalho já bastante solidificado neste sentido.
A investigação, no Estado do Piauí, foi iniciada após denúncia de um hospital que percebeu ter adquirido medicamento falsificado para tratamento de câncer, quando, após usar a droga, o paciente disse ter verificado que ela apresentava características e coloração diferentes da usual.
Suspenso imediatamente o uso da medicação pelo hospital e comunicado o fato à Policia Civil do Piauí, foram empreendidas diligências que terminaram por mostrar, no decorrer da investigação, que essa mesma empresa, sediada em São Paulo-SP, já havia também comercializado a referida medicação oncológica falsificada para hospitais e clínicas dos Estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e outros.
Ao todo, participam da operação 11 policiais civis do Piauí, 25 policiais de Goiás e 40 policiais de São Paulo. Em Goiás a Polícia Civil investiga 05 mortes de pacientes que usaram essa medicação, tendo inclusive uma já sido confirmada e profissionais indiciados. Ainda, a utilização dos medicamentos como forma de apropriação indevida dos recursos do Instituto de Previdência dos Servidores.
A Operação Sanitatem foi assim batizada por o termo em latim corresponder à cura, limpeza, bem estar, purificação.