Contagem regressiva: time de atletas paralímpicos da PRIO são esperança de medalhas para o Brasil

Esportistas no judô, atletismo, natação e remo integram a equipe patrocinada pela petroleira e levantam chances de pódio em Paris

Divulgação PRIO

O maior evento esportivo do planeta mal acabou e já deixou saudade. Agora é o momento de passagem de bastão para os atletas paralímpicos “entrarem em campo” e brilharem em Paris. Na contagem regressiva para a cerimônia de abertura, a expectativa está cada vez maior, com o Brasil tendo potencial para conquistar seu melhor resultado na história dos jogos. Com início no próximo dia 28 (quarta-feira), a competição promete momentos marcantes e tem tudo para superar a sétima posição geral no quadro de medalhas, alcançada duas vezes pela delegação brasileira. Para isso, atletas de alto desempenho de diversas modalidades que se destacam no cenário paralímpico são grandes esperanças de pódio para o país.

Há anos consolidado entre os 10 melhores países do mundo, o Brasil é reconhecido como uma potência paralímpica, impulsionado por diversos fatores, como um caminho de oportunidades para pessoas com deficiência encontrarem inclusão social e autonomia financeira; e o investimento cada vez maior do governo e de empresas privadas, permitindo melhores condições de treinamento, de sustento e consequentemente de vida.

Para Clodoaldo Silva, ex-atleta de natação, um dos maiores atletas paralímpicos de todos os tempos e um dos protagonistas nos debates sobre a representatividade do esporte brasileiro, o país irá superar a campanha da natação feita em Tóquio. “Tenho certeza que vamos superar a última campanha e fazer história, podem me cobrar. Os nossos atletas estão muito bem-preparados e vão arrasar trazendo medalhas na bagagem”, analisa.

Dono de 6 medalhas de ouro, 6 de prata e 2 de bronze em jogos, Clodoaldo é o embaixador do Time PRIO, que reúne nove atletas paralímpicos de alta performance patrocinados desde o início de 2023 pela maior empresa independente de óleo e gás do país.

“Quando comecei, eu tinha que bater na porta das empresas, dos empresários e os poucos que me recebiam, em sua grande maioria, me ofereciam uma ‘ajuda’ sem querer estampar suas marcas e se atrelar às pessoas com deficiência de uma forma geral. Ver atualmente empresas como a PRIO procurarem por livre e espontânea vontade atletas, formar um time de alta performance e acreditar na sua capacidade e suas mentes imparáveis é algo que me deixa muito feliz e que faz total diferença para a vida e preparação de todos eles”, completa.

Dos nove atletas apoiados pela PRIO, sete disputarão os jogos na Cidade Luz, todos com chances reais de medalhas.

“O objetivo da nossa plataforma de patrocínios I ❤ PRIO, é retornar para a sociedade por meio do apoio ao esporte, cultura e educação. Patrocinar esses dez atletas tem tudo a ver com a PRIO: acreditamos em mentes imparáveis que desafiam o status quo e superam desafios. Sabemos que para fazer isso no esporte, assim como na nossa operação, é preciso coragem, garra, resiliência, disciplina e foco. Esses valores nos conectam e são eles que queremos ajudar a passar para frente apoiando esses atletas a competirem em território nacional e internacional”, conclui Olivia Richardson, Head de Marketing e Comunicação da PRIO.

Conheça os atletas e as esperanças de medalhas para o país:

Gabriel Araújo, mais conhecido como Gabrielzinho, é o nadador (classe S2) mais promissor do país. Com apenas 22 anos, é uma das grandes esperanças de medalha do país nos jogos de Paris. Gabriel conquistou 2 ouros e uma prata na última edição dos jogos, m Tóqio, além de colecionar diversas conquistas em campeonatos mundiais e jogos ParaPan-Americanos, com destaque para os 5 ouros conquistados. Ele irá disputar as provas de 100m costas, 200m livre e os 50m costas. O atleta tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Em 2023 foi eleito o melhor atleta paralímpico do ano. 

Alana Maldonado é judoca com deficiência visual (classe J2 - baixa visão). Conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, foi prata no Rio em 2016, é bicampeã mundial de judô (2018 e 2022) e uma grande esperança de medalha em Paris. Foi a primeira mulher brasileira do judô a conquistar uma medalha paralímpica. Alana enfrentou uma doença aos 14 anos que tirou grande parte de sua visão.

Wilians Silva de Araújo é um judoca (classe J1) multicampeão, tendo conquistado uma medalha de prata nos jogos Rio 2016. É o atual líder do ranking de sua categoria e também coleciona conquistas internacionais de expressão, sendo as mais recentes a prata na categoria acima de 90kg nos Jogos Parapan-Americanos em 2023, ouro nos Jogos Mundiais da IBSA 2023 e ouro no Mundial de Baku 2022, representando uma grade chance de medalha para o país em Paris. O peso-pesado perdeu a visão aos 10 anos em um acidente. 

Wallace Antonio é atleta de arremesso de peso (classe F55) e atual medalhista de ouro de sua modalidade nos Jogos de Tóquio. Foi medalhista de ouro no arremesso de peso e bronze no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos em 2023; bronze no arremesso de peso no Mundial Paris 2023; ouro no arremesso de peso e prata no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de 2019. Wallace ficou paraplégico em 2007, após sofrer um acidente de trabalho. 

Brenda Freitas é uma judoca (classe J1) carioca que ficou cega após ir ao primeiro show da banda RBD no Brasil, em 2006, em decorrência de uma infecção nos olhos chamada herpes ocular com gatilho emocional. É atual campeã ParaPan-Americana e chega com chances de medalhas nos jogos de Paris. 

Julyana da Silva é atleta de lançamento de disco (classe F57 - para atletas cadeirantes) e foi medalha de bronze nos Jogos de Tóquio. Ela também conquistou a medalha de bronze no lançamento de disco e no arremesso de peso nos Jogos Parapan-Americanos de 2023 e espera repetir o pódio da última edição, superando sua marca e representando uma grande chance de medalha em Paris. Julyana é amputada de perna esquerda, na altura do joelho, devido a uma má-formação congênita.

Diana Barcelos é atleta de remo (classe PR3), amputada da perna direita após sofrer um acidente em 2004. Dentre suas principais conquistas, destaca-se o bicampeonato mundial no Mix2x PR3 (2017 e 2018), além do segundo lugar no qualificatório para os Jogos de Tóquio em Gavirate 2021 no quatro com misto PR3. Diana ficou entre as 10 melhores nos jogos de Tóquio e espera conquistar uma medalha nesta edição. 

 

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Felipe Lima Pessoa
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