22/03/2024 às 18h06min - Atualizada em 23/03/2024 às 00h00min

Precisamos falar sobre a saúde integral da mulher

Se uma vida equilibrada reduz riscos de doenças, inclusive o câncer de mama, autocuidado e compartilhamento de responsabilidades são fundamentais

assessoria de imprensa Quantum Development
Quantum Development
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Ao longo do mês de março, marcado pelo Dia Internacional da Mulher, as atenções se voltam para as mulheres e seus desafios e conquistas. A tripla jornada à qual se submetem traz consigo desafios para atingir o equilíbrio entre os diversos papéis que exerce, e sua saúde física, mental, emocional e espiritual. Uma questão essencial a ser discutida então é a ideia de saúde integral da mulher: afinal, se uma vida equilibrada contribui para prevenir as doenças, é necessário, então, pensarmos em como promover este cuidado para conseguirmos efetivamente ser saudáveis e reduzir os riscos para o desenvolvimento de problemas de qualquer tipo.

A saúde integral da mulher passa por todos os aspectos citados anteriormente, do físico ao espiritual. Manter-se saudável, nesse sentido, depende de um equilíbrio entre os diferentes âmbitos da vida e do compartilhamento de responsabilidades, o que é um ponto de dificuldade para muitas mulheres.

O motivo é para isso é histórico: desde a antiguidade, as mulheres assumiram a responsabilidade pelo cuidado de suas famílias, de suas casas, de seus grupos de convivência. Embora não seja inato, o papel ficou associado a elas – e elas, de certa forma, presas a esse papel. Mais que isso: ele contribuiu para moldá-las como indivíduos mais empáticos, atentos às necessidades alheias e dispostos a acolhê-las.

Assim, quando as mulheres começaram a ocupar espaços fora da esfera doméstica, o cuidado continuou sendo visto como atribuição delas, que passaram, então, a enfrentar uma dupla jornada e a replicar o comportamento empático no ambiente de trabalho – o que as colocou como responsáveis pelo cuidado também nesses lugares.

O resultado foi a sobrecarga e o desequilíbrio na vida dessas mulheres. E, consequentemente, o comprometimento do estado geral de saúde delas. Não à toa, conciliar maternidade e carreira tornou-se um grande desafio para elas, e muitas se tornaram mais vulneráveis ao desenvolvimento de doenças físicas e transtornos mentais. Restabelecer o equilíbrio tornou-se, então, fundamental.

Avaliação, compartilhamento e autocuidado
Reverter a situação de sobrecarga e desgaste demanda, primeiramente, uma avaliação individual da mulher sobre sua vida. É importante que ela olhe para si de forma integral, considerando todos os aspectos do seu dia a dia, para entender o que está funcionando para si e o que precisa mudar, além de buscar caminhos alternativos para aquilo que está dificultando a rotina.

De forma geral, o que se percebe, neste momento de tomada de consciência, é que a mulher precisa se dedicar mais ao autocuidado, o que pode ser feito de diversas formas, de exercícios físicos a terapia ou hobbies. Embora ainda seja encarado por algumas pessoas como um ato de egoísmo, o autocuidado nada mais é do que parar para olhar para si e se nutrir, o que também se reflete em um melhor cuidado com os outros.

Outro ponto importante é chamar quem está ao seu redor para compartilhar a responsabilidade pelo cuidado, seja cônjuge ou companheiro (a) em casa, sejam colegas de trabalho no ambiente organizacional. Isso não é o mesmo que pedir ajuda e delegar algumas tarefas específicas: é abrir espaço para que a contribuição seja constante, criando um ambiente de troca e intercâmbio, de responsabilidade compartilhada.

Essa reflexão deve ser feita também pelas próprias pessoas ao redor, incluindo cônjuges, companheiros (as), filhos (as), parentes, amigos (as) ou colegas. Todos precisam, igualmente, ter a consciência de que as mulheres não podem – e não devem – dar conta de tudo sozinhas. Assim, seu papel inclui buscar ativamente essa divisão de responsabilidades e não encarar a situação como uma imposição ou fardo, mas sim um compartilhamento.

Essas medidas podem provocar mudanças importantes na rotina e no bem-estar da mulher. O impacto virá não apenas para aquela que alcança melhor equilíbrio e um estado de saúde integral, mas também por aqueles que estão ao seu redor, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Os benefícios devem ser sentidos por todos e criar um ciclo virtuoso, impactando positivamente famílias, organizações e a sociedade.

*Bianca Aichinger e Susana Azevedo são ex-executivas, coaches e sócias-proprietárias da Quantum Development.
 


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