01/08/2019 às 11h42min - Atualizada em 01/08/2019 às 12h31min

Com 12.500 novos casos em 2018, o câncer continua sendo a primeira causa de morte entre as crianças e adolescentes de acordo com o INCA

Conseguir vagas em um hospital e em uma das ONGs que acolhem e apoiam os pacientes, durante os tratamentos, são desafios complementares enfrentados também pelas famílias.

DINO
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O câncer ainda representa a primeira causa de morte por doença (8% do total) entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), foram 12.500 novos casos em 2018. As estatísticas mostram que cerca de 80% dos pacientes podem ser curados e conquistar boa qualidade de vida quando diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. O tratamento compreende três modalidades principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Segundo o INCA, tão importante quanto o tratamento do câncer em si é o suporte psicossocial dado ao paciente e a seus familiares desde o início do tratamento, pois a cura não se baseia somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.

O desafio de pais de diversas partes do Brasil, especialmente Nordeste, quando descobrem a doença, é o mesmo: como enfrentar a doença sem recursos? As histórias de mais de 800 famílias, anualmente atendidas pela Casa Hope, têm o mesmo enredo: quando a doença atingiu seus filhos, ainda muito jovens, muitos na primeira infância, o desespero e a tristeza iniciais dão lugar ao espírito de luta, próprio dos pais e, mesmo sem recursos, vão atrás do tratamento. Com ajuda de assistentes sociais, após conseguirem uma vaga num hospital público em SP, o primeiro desafio da longa batalha contra o câncer, vencem o segundo e igualmente importante: conseguir também uma vaga em uma das ONGs que dão apoio às famílias em SP. Assim, essas famílias chegam à grande casa do Planalto Paulista - sede da Casa Hope, reconhecida há mais de 20 anos pelo apoio a criança com câncer - e ali, além de hospedagem, alimentação e transporte para os hospitais, recebem algo muito especial: a acolhida amorosa e competente de quem compreende a revolução que a doença provoca na família. Ao básico soma-se um suporte que diferencia a Casa Hope: escola, para garantir futuro; psicoterapia, para dar apoio a pais e mães abalados, garantindo que o emocional mais equilibrado ajude na recuperação mais rápida; cursos e treinamentos para ampliar conhecimentos e habilidades e dar mais perspectiva; lazer e entretenimento - garantidos também por colaboradores sensíveis a causa.

A Casa Hope faz tudo isso? Essa indagação ocorre às pessoas que desconhecem a extensão do que acontece dentro da casa, localizada no bairro do Planalto Paulista, zona Sul da capital paulista, sob as batutas de Claudia Bonfiglioli, presidente, e Izilda Moribe, diretora executiva. Com 192 leitos, o endereço se transforma na moradia dos pacientes de câncer e outros que chegam para fazer transplantes de medula óssea, fígado ou rins - o serviço especializado, com área reservada para a recuperação, reduz o tempo de permanência nos hospitais.

O Cotidiano - O Passo a Passo dentro da Casa Hope

Para se entender o que representa o trabalho da Casa Hope, vale conferir o passo a passo de entrada na entidade e o cotidiano destes mini-heróis que ali chegam todos os dias com seus acompanhantes:
1º. A criança - ou jovem - chega por indicação e encaminhamento de um hospital público, de um serviço social em rede com a Casa Hope.
2º. Acompanhado por pai, mãe ou outro familiar responsável, o paciente é atendido pela Assistente Social. Seus registros são formalizados e eles recebem um kit higiene, roupas de cama e banho;
3º. Em seguida, são levados ao seu quarto para dividir espaço com outros dois hóspedes - um paciente e seu acompanhante.
4º. A rotina é acompanhada por um serviço de monitoria à disposição dos pacientes 24 horas. Eles garantem que os remédios, os tratamentos, às idas aos hospitais e todas as etapas do tratamento sejam cumpridas.
5º. Cada hóspede-paciente é avisado da rotina geral da casa: transporte para os hospitais conveniados, alimentação comum a todos ou especializada, se o caso exigir, atividades curriculares e extracurriculares etc. E de sua rotina particular de medicação, escola e atendimento biopsicossocial.
6º. O acompanhante também é informado que participará das inúmeras atividades de cunho cultural, educativo e psicossocial oferecidas durante toda a estada do paciente.
7º. Os pacientes são matriculados, oficialmente, na escola - que hoje opera com ensinos Infantil, Fundamental I e II e Médio. Além de evitar atrasos, a grade curricular permite desfocar a atenção na doença. Se estudam, têm perspectivas. E isso melhora a qualidade de vida (e do tratamento).
8º. Os acompanhantes e os hóspedes-pacientes podem se matricular nos cursos profissionalizantes, disponibilizados na própria Casa Hope, que dispõe de salas de aula, treinamentos, workshops e oficinas.
9º. Da nova rotina de vida, outras boas surpresas: todos os hóspedes-pacientes e acompanhantes são inscritos em grupos de terapia ocupacional e psicoterapia, que lhes garantirá suporte psicoemocional. E mais: lazer, entretenimento e diversão em família. Com apoio de parceiros, a Casa Hope promove festas comemorativas - Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Páscoa, Festa Junina, entre outras - e proporciona momentos culturais inesquecíveis no teatro da organização, instalado no subsolo, com espetáculos e shows doados por artistas generosos, e também por meio de ingressos para espetáculos na cidade, igualmente doados.
Os recursos para manutenção das instalações, refeições, hospedagem, logística de transporte, bem como as vagas na escola, nos cursos e serviços de atendimentos psicológico e assistencial, são garantidos por doações de empresas, convênios públicos e doadores que apoiam a causa. Além disso, a Casa Hope conta com a generosidade a ação (e indispensável) de influenciadores digitais, autoridades, jornalistas e celebridades, de vários segmentos da sociedade, que periodicamente promovem a causa.

INFORMAÇÕES
Casa Hope: Tatiana Caneloi I Comunicação & Marketing I [email protected] I Cel.:11-97590-6353
Conteúdo Social: Norma Alcântara I Jornalista Responsável I [email protected] I
Cel:11-988778670



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