15/09/2023 às 18h43min - Atualizada em 16/09/2023 às 00h00min
‘Challenges’: Os perigos dos desafios das redes que vão além dos aspectos físicos
O psicólogo Alexander Bez fala das motivações e riscos psicológicos das apostas entre jovens na internet
Da Redação
Da Redação
Reprodução internet Recentemente, o mundo foi novamente impactado com a notícia de um adolescente de 14 anos que faleceu na cidade Worcester, em Massachusetts (USA), após participar do desafio “One Chip Challenge”, que consiste em comer uma tortilha contendo duas das pimentas mais fortes do mundo. Participar desses desafios apresenta uma série de riscos e em casos como o de ingestão de produtos, não se pode prever reações alérgicas ou sensibilidades, especialmente em altas doses de produtos desconhecidos. Quando a motivação é psicológica os limites são ignorados e as consequências podem ser fatais. Psicologicamente falando, a decisão de participar de desafios ocorre principalmente pelas “lacunas mentais” que existem no cérebro: "Muitas vezes a forma de preencher essas lacunas é sentimentos de realização e poder. Participar de desafios e ultrapassar seus limites gera essa compensação. E é aí que o perigo é pontencializado”, explica o psicólogo Alexander Bez, especializado em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA). A ideia de participar já é estimulante e então, durante a experiência, vem o desejo de completar e vencer o desafio, sobressaindo-se, como herói entre os amigos e espectadores: “É comum vermos indivíduos de baixa autoestima nessas disputas, pois é uma forma de se elevarem socialmente e ganharem popularidade. O prêmio vale a pena, independente do preço a ser pago”, complementa Bez. Além de todos os riscos com a integridade física, existe o risco do participante desenvolver a condição Obsessiva-Compulsiva, pela vontade de se superar e ser cada vez mais o centro das atenções: “Os resultados dessas competições nunca são agradáveis e a repetição será uma nova e triste realidade. Para proteger os jovens em todos os aspectos, é necessário que os pais fiquem atentos aos sinais comportamentais e busquem ajuda especializada sempre que perceberem alguma mudança de atitudes do adolescente”, finaliza Dr. Alexander. Alexander Bez atua há mais de 27 anos na psicologia e tem especialização também em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM) e em Saúde Mental, além de ser autor de 7 livros. Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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